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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Agosto

Quero iniciar o mês de Agosto com este pequeno texto do Caio Fernando, que eu adoooro e que fala um pouco sobre recomeçar... Não quero ter medo do novo e, nem do desconhecido.

 
"...Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.
Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.
Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo..."

Caio Fernando de Abreu

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O que queres de mim




Pai, não sei o que estou sentindo.
É um misto de tantas coisas.
Uma alegria, mas muitas dúvidas.
Uma satisfação, mas muitas perguntas.
O que queres de mim?
Fala comigo.
Para onde queres que eu vá?
Quero saber a Tua vontade.

Não posso prosseguir sem Tua direção.
Não posso caminhar sem um alvo alcançar.
Leva-me onde poderei ouvir a Tua doce voz.
Falar ao meu coração.
É somente o que eu quero,
Jesus.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho!!

Pra passar o tempo... escrever
Pra estudar... Só escrevendo
Pra falar da vida... a escrita
Hora do lazer... escrever
Ouvir música e dançar... melodias decifradas
Pra comer e cozinhar... receitas já escritas
Pra viajar... roteiros não escritos, mapas desconhecidos, territórios não descobertos
Pra escrever um grande amor... só vivendo esse amor
Pra escrever sobre a vida... fazer valer a pena cada instante vivido
E pra viver uma vida bem vivida... só amando acima de todas as coisas

by Kaline Aragão

sábado, 14 de agosto de 2010

Ilusão

Não sei onde nasceu
essa ilusão de ti.

Talvez eu seja como essas plantas ermas
que confundem a água das chuvas
com a dos homens.

Talvez eu seja
como esse jardineiro cego
que molha todos os dias
suas flores de plástico.

Poço da Panela, 18.08.2005
Samorone Lima
Me olho no espelhbo e já não me reconheço..
Não sei quem sou.. E nem pra onde estou indo...
Estou perdida,
procurando o caminho de volta,
mas será que existe volta?
Já ouvi dizer que o caminhar faz o destino, ou alguma coisa parecida
não lembro, o que sei é que tudo me parece misterioso demais para o meu
entendimento limitado, há uma revolta e angustia no meu peito que não me deixam ver além
das minhas dores e tristezas, me pergunto o que é pior o medo ou a incerteza?
Eu já pedi a Lua, ja pedi a o sol, Já pedi ao mar, até as estrelas, mas eles também parecem não me ouvir, e se eu sinto dor tenho que chorar...
O vento que traz amor não vejo a hora de você chegar...chegar...chegar!!!


Kaline Aragão
... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, espararei quanto tempo for preciso.


Clarice Lispector

quarta-feira, 28 de julho de 2010

À Beira de Água

Estive sempre sentado nesta pedra

escutando, por assim dizer, o silêncio.

Ou no lago cair um fiozinho de água.

O lago é o tanque daquela idade

em que não tinha o coração

magoado. (Porque o amor, perdoa dizê-lo,

dói tanto! Todo o amor. Até o nosso,

tão feito de privação.) Estou onde

sempre estive: à beira de ser água.

Envelhecendo no rumor da bica

por onde corre apenas o silêncio.



Eugénio de Andrade

sexta-feira, 23 de julho de 2010

E tudo mudou...

O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss

O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone

A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM

A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse

Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal

Ninguém mais vê...

Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service

A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão

O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD

A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email

O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street

O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também

O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike

Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato

Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...

A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!

A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...

... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças

Luis Fernando Veríssimo

terça-feira, 13 de julho de 2010

Meus oito anos

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus
— Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
................................
Casimiro de Abreu

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Foco


“viver! Beber o vento e o sol! Erguer
Ao céu os corações a palpitar! (...)

Assas sempre perdidas a pairar!
Mais alto até as estrelas desprender!
A glória! A fama! Orgulho de criar!

Da vida tenho o mel e tenho os travos
No lago dos meus olhos de violetas
Nos meus beijos estáticos, pagãos!”*

*Florbela Espanca (1894-1930), poeta portuguesa, em Exaltação,
Do livro poesia de Florbela Espanca (LEPM Pocket)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O Tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!

Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.

Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho
a casca dourada e inútil das horas...

Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá
será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Mário Quintana

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Mãos dadas

Esse poema do Drummond é mais um da listinha dos favoritos. Minhas irmãs e eu líamos e relíamos esses versos mil vezes, prometendo sempre seguir juntas pela vida, aproveitando as coisas boas que ela nos traz…


Mãos dadas


Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.


Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.


O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

sábado, 8 de maio de 2010

As Borboletas, poema infantil de Vinícios de Moraes

AS BORBOLETAS



Brancas

Azuis

Amarelas

E pretas



Brincam

Na luz

As belas

Borboletas


Borboletas brancas

São alegres e francas.


Borboletas azuis

Gostam muito de luz.


As amarelinhas

São tão bonitinhas!


E as pretas, então…

Oh, que escuridão!



Vinícius de Moraes

Do livro:

A arca de Noé, Vinícius de Moraes, Livraria José Olympio Editora: 1984; Rio de Janeiro; páginas 58 e 59. 14ª edição.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Mais um mês indo embora, já faz até um tempinho que escrevi..
Meus dias andam tão cheios, minha agenda lotada e meu tempo se não
for bem administrado será mau utilizado, ando dividida entre faculdade, estagio,
filha, e cansaço... Acho que preciso de férias de mim mesma e da minha vida..
Mesmo assim sou grata a Deus pela vida que possuo e tenho tentado extrair o máximo
das pequenas coisas, embora deixando muitas delas passar desapercebidas ainda. Admiro
pessoas que sabem viver, que sabem olhar uma flor e tirar lição de vida dela, que olham
o mundo com outros olhos, talvez com o coração como diz o escritor do Pequeno Príncipe - ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY, são humanas, eu não sou assim, mas eu queria ser..
Talvez sofressemos menos se não dedicassemos tanto tempo a nós mesmos e investisse em outras vidas, é quem sabe se eu e as outras pessoas olhassem pra o próximo e menos pra o nosso umbigo seriamos mais felizes, poucas pessoas se ocupam de coisas que não sejam si mesmas, minha mãe sempre diz, que quanto mais se dá mais se têm e que o verdadeiro amor nunca se desgasta. E é bem verdade, o tempo que dedicamos as pessoas é que tornam elas importante, eu gosto que as pessoas que estão ao meu redor saibam disso, e sempre procuro me despedir delas com palavras carinhosas, mas eu queria ser assim com todo o mundo, não apenas com as pessoas que julgo serem legais, quando isso acontece me sinto miserável e triste, quando fico assim gosto de admirar o por do sol, as estrelas, as vezes choro também e peço colo, corro pra os pés de Jesus e conto tudo para ele.. Será que fiz mal em envelhecer?? Eu era tão feliz quando criança... Meu tempo por aqui acabou, mas quero me despedir com uma frase que li a pouco tempo.. - O AMOR VERDADEIRO COMEÇA QUANDO NÃO SE ESPERA MAS NADA EM TROCA. Isso é tão liindo, mas precisa ser colocado em prática por mim principalmente..
Eu amo escrever..E amo todos aqueles que me leem.....

bjs, vcs são tão importantes quanto a vida!!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Dia - 29 Pensamento do dia


A alegria é a melhor coisa que existe. (Do nosso poetinha, Vinícios de Moraes)



quinta-feira, 11 de março de 2010

Girassóis para vocês!

Como vocês já devem ter notado, eu amo poesia. Esses versos que vou postar hoje fazem parte de uma das minhas favoritas. É de Alberto Caeiro, heterônimo do poeta português Fernando Pessoa. Estava relendo outro dia e achei que tem muito a ver com o que estou vivendo, com a transformação do meu olhar sobre o mundo. Espero que gostem!

“O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás…
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem…
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras…
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo…”

Dia 11 - Pensamento do dia

Parece que foi escrito especialmente para mim:

“O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem!”. (João Guimarães Rosa).

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O Seu tempo é perfeito


O Seu tempo é perfeito.
Nada pode o impedir.
Cada fato que acontece.
É conforme o Seu consentir.


Então, ensina-me a esperar em Ti.
Então, ensina-me a confiar no Teu agir.


Faz-me livre de mim mesmo.
Faz-me entregar meus caminhos a Ti.
Não me deixes do Senhor esquecer.
Nem com o que vejo me iludir.


Para tudo aqui na terra, há um tempo.
Deus já determinou.
Seu relógio é perfeito.
Vai se cumprir tudo que Ele falou.
Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!
Clarice Lispector

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Que amor é este



Que amor é este que insiste tanto em me querer.
Que tenho eu feito, pra tanto assim me querer.
Eu tenho tanto, te desprezado tanto.
Feito coisas que ofenderia qualquer outro.
Mesmo assim insiste em me querer.


Se Te esqueço, Você não me esquece.
Se desapareço, Você me aparece.
Me procura e quando me encontra,
Me acena um sorriso e vem com Seu jeito próprio de amar.
Me abraça, me afaga.
Com ternura me diz palavras tão doces.
Que somente quem deu a vida a alguém pode dizer.


Me ama como sempre me amou,
Como aquele dia lá na cruz.