quarta-feira, 19 de maio de 2010

O Tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!

Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.

Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho
a casca dourada e inútil das horas...

Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá
será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Mário Quintana

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Nada como um dia atrás do outro, certo?

Hoje acordei inquieta. Não sei bem o motivo, mas deve ser por conta de tudo que ando vivendo. Mas fiquem tranquilos: é uma inquietude feliz, não triste. Abri os olhos com aquela vontade de abraçar o mundo, de viver tudo o que há para viver! Saí da cama, escovei os dentes e tomei meu banho. Todo dia enfrento a mesma rotina: … Mas é inevitável que a todo instante eu pense em tudo que aconteceu na minha vida – em como eu era antes e em como sou agora.
Posso dizer que minha maior alegria hoje é o amor da minha filha. É tão bom saber que tenho aconchego, colo, carinho…Mesmo que seja de uma criança. Sinto também que me tornei uma pessoa mais amorosa. Isso me deixa feliz. Acho que ainda vou enfrentar muitas dificuldades pela frente, mas cada dia eu me sinto mais forte, mais preparada para os desafios que vierem. Estou cheia de planos e sonhos, e isso é muito bom..

Beijos, com amor

Line

Mãos dadas

Esse poema do Drummond é mais um da listinha dos favoritos. Minhas irmãs e eu líamos e relíamos esses versos mil vezes, prometendo sempre seguir juntas pela vida, aproveitando as coisas boas que ela nos traz…


Mãos dadas


Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.


Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.


O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

sábado, 8 de maio de 2010

As Borboletas, poema infantil de Vinícios de Moraes

AS BORBOLETAS



Brancas

Azuis

Amarelas

E pretas



Brincam

Na luz

As belas

Borboletas


Borboletas brancas

São alegres e francas.


Borboletas azuis

Gostam muito de luz.


As amarelinhas

São tão bonitinhas!


E as pretas, então…

Oh, que escuridão!



Vinícius de Moraes

Do livro:

A arca de Noé, Vinícius de Moraes, Livraria José Olympio Editora: 1984; Rio de Janeiro; páginas 58 e 59. 14ª edição.

Jesus lindo e especial!!

-Vocês fazem idéia de como Jesus era?
Jesus não tinha nada de muito especial. Poderia andar por esta rua hoje e nenhum de vocês sequer o notaria. Na realidade, talvez o evitassem, pois certamente ele destoaria de todos. Mas foi o homem mais gentil que já se conheceu. Era capaz de silenciar os detratores sem precisar erguer a voz. Nunca intimidou ninguém, nunca chamou atenção para ele mesmo nem fingiu gostar do que lhe fazia mal à alma. Era autêntico até o âmago de seu ser. E no âmago daquele ser existia um imenso amor. E como ele amou! A humanidade só descobriu o que era verdadeiramente o amor por intermédio dele. Mesmo os que o odiavam. Mas ele não discriminava ninguém, pois esperava que, de algum modo, pudesse fazer seus inimigos descobrirem que o amor é a essência e a realização máxima do ser humano.
Ninguém foi tão honesto quanto ele. Mesmo quando suas ações ou palavras expunham os aspectos mais sombrios das pessoas, estas não se sentiam envergonhadas. Ele lhes dava total segurança, pois suas palavras não indicavam o menor sinal de julgamento, eram simplesmente um chamado para a superação e o crescimento. Qualquer um podia confiar-lhe seus mais íntimos segredos. Se algum de vocês tivesse que escolher uma pessoa para ampará-lo em seu pior momento, gostaria que fosse ele, Jesus não desperdiçava o tempo zombando dos outros, nem de suas preferências religiosas. Se tinha algo para dizer, ele dizia e seguia seu caminho, deixando em você a certeza de ter sido intensamente amado.
Não se trata de sentimentalismo barato. Ele amava, realmente amava. Para ele não importava que fosse um fariseu ou uma prostituta, um discípulo ou um mendigo cego, um judeu ou um não-judeu. O amor dele estava disponível para qualquer um. A maioria o abraçava quando o via. Os poucos que o seguiam experimentavam um frescor e uma energia que nunca iriam esquecer. De alguma forma ele parecia saber tudo a respeito deles e os amava incondicionalmente.
E mesmo naquele cruz, seu amor continuou se derramando sobre todos, sem distinção. Ao se aproximar da morte, depois de um grito em que expressava seu sentimento de abandono, ele entregou sua vida ao Pai, para nos resgatar de nossos pecados. Não houve momento mais belo em toda a história da humanidade. Seu flagelo se tornou o instrumento para que sua vida fosse compartilhada conosco. Não era louco. Era o Filho do Deus amoroso que ele manifestou durante toda a sua vida e até o último suspiro.
Se eu fosse vocês, perderia menos tempo falando mal da religião e investiria mais para descobrir quanto Jesus deseja ser nosso amigo sem impor qualquer condição. Ele vai cuidar de vocês e, se deixarem, se tornará, de longe, seu maior amigo. Se o conhecerem melhor, vocês o amarão mais do que a qualquer outra pessoa. Ele lhes dará um propósito, um sentido de vida, que lhes permitirá superar todo estresse e sofrimento e que os transformará profundamente. Quando isso acontecer, vocês saberão o que são verdadeiramente a liberdade e a alegria.


Extraído do livro: "Porque você não quer ir mais à igreja", de Wayne Jacobsen e Dave Coleman

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Dia - 3 Um Pouco de Poesia

Quero inaugurar este de maio mês com uma poesia que me veio à cabeça quando algumas coisas pareciam sem sentido em minha vida, derrepente lá estava eu, na faculdade, estagiando... Foi um momento muito significativo para mim, acho que não vou esquecer, Fala sobre esperança, aquela que deve sempre andar ao nosso lado, seja lá como for.


VIVER
Carlos Drummond de Andrade


Mas era apenas isso,
era isso, mais nada?
Era só a batida
numa porta fechada?

E ninguém respondendo,
nenhum gesto de abrir:
era, sem fechadura,
uma chave perdida?

Isso, ou menos que isso,
uma noção de porta,
o projeto de abri-la
sem haver outro lado?

O projeto de escuta
à procura de som?
O responder que oferta
o dom de uma recusa?

Como viver o mundo
em termos de esperança?
E que palavra é essa
que a vida não alcança.