Mas a coisa não pára por aí! Apesar de seus momentos tristes, Up está longe de ser um filme depressivo. Pelo contrário, as piadas estão muito boas e as cenas de ação são espetaculares.
O estúdio de animação apresenta a mais inusitada Dupla Dinâmica que se tem notícia:
Pete Docter (Monstros S.A.) e Bob Peterson, os diretores e roteiristas de Up, conseguem fundir essas premissas longínquas - e o fazem com ação intensa e uma dose de emotividade que só encontra paralelo nos antigos clássicos Disney (a cena em que Carl encontra coragem para abrir o diário da esposa falecida produz lágrimas suficientes pra salgar o saco de pipoca).
Agora são personagens humanos em situações humanas que todos podemos reconhecer. Morte, aborto, velhice, feridas, sangue, tudo é mostrado com o devido peso e com a devida atenção, sem exageros. Mesmo com os traços estilizados e a fotografia hipercolorida, até as crianças ficam impressionadas com o peso de algumas cenas, ainda que sem entender completamente.A perda de sua razão de viver, a redescoberta de um propósito na vida, o reconhecimento de que compartilhar a vida com alguém pode ser uma aventura maior do que explorar um local desconhecido, todas são situações que exigem uma certa maturidade para compreender, o que faz de Up o filme mais adulto da Pixar até hoje e justifica a sua escolha para a abertura do Festival de Cannes.
Up - Altas Aventuras é uma obra muito divertida, muito triste, mas acima de tudo um filme muito bonito. Só tenho mesmo uma reclamação: não deveriam fazer filmes com cenas tão tristes em tecnologia 3D; é muito complicado chorar no cinema usando aqueles óculos especiais. Maldita Pixar!
Assistam eh brilahante!!
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