quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Tempo

Engraçado, como hoje pela manhã quando acordei, nossa, uma enxurrada de pensamentos vieram a minha mente, tenho andado um pouco irritada esses dias e não sei nem dar explicações sobre isso...
Mas no fundo, nós sempre temos a resposta pra o nosso mau estar, ultimamente tem acontecido tanta coisa, abri os olhos e começei a pensar sobre o tempo e quando saber que é o tempo certo pra tomar certas decisões, deixar as pessoas que você ama irem embora, porque elas simplismente não querem mais ficar e tem todo direito de partirem, criar assas, descobrir os seus anseios, não sei, acho isso tão confuso..
Com o passar dos anos tenho pensado mais sobre amar e perder aquilo que você ama; sobre crescer, sobre aprender quando deixar que as coisas vão embora, e como fazer isso?
Quer dizer: a vida fala e ensina por si.
Talvez toda nossa vida seja um aprendizado sobre como deixar as coisas e de que maneira fazer isso. como deixar os soldadinhos, como deixar as bonecas. Como deixar os amigos, os vizinhos e o emprego dos sonhos. Como deixar a infância e a adolescência. Quando deixar a vida de solteira. Como deixar os filhos.
E, um dia, como deixar a própria vida...

Kaline Aragão

Um comentário:

Isaque Oliveira disse...

Engraçado como sentimos a eternidade nessa temporalidade finita. Desejo de permanencia é o que nós queremos. Que permaneça os pais, os filhos, os amigos e os momentos felizes, a ausência de tristezas e infelicidades. Mas o tempo cumpre sua obrigação de ser tempo e não deixa nada intacto, e quando vamos ver já se foram muitas das boas coisas colhidas em tempos remotos e que até o presente momento pareciam eternizadas. Ele, o tempo, parece ser indiferente ao nosso desejo, mas ao mesmo tempo nos revela esse contraste, de que desejamos a eternidade das coisas felizes. Que o tempo seja o tempo, que meu desejo de permanência permaneça. Que eu e você saibamos investir eternidade nas coisas eternas que descobrimos no contraste que o tempo nos revela.